segunda-feira, 15 de março de 2010

Pelas Bordas

Leva um tempo para descobrir que isso absolutamente NUNCA foi uma questão de escolha. Eles vêm e pelas bordas eles se vão. Tão longe, tão perto. São só ondas geradas por uma pedra atirada contra o lago, tendo como objetivo predileto alcançar os pés da menina que lhes desperta à vida novamente. É esse amor sutil que todos deveriam almejar e ter, somente esse. Eles vêm e pelas bordas eles se vão.
Digo que é assim que deveria ser porque já fui tudo, sei como é ser cada pessoa e escrevo! Se quiser tentar, ainda assim, dou-lhe o último aviso prévio: não há glamour algum em ser. Se puder, não seja, só inspire.
Por esses e por outros caminhos, minha alma naufragou, até estancar na praia idílica do Sonho. Minha consciência alternava entre o som e algumas imagens fracas do real. Bendito seja o nada absoluto, completo e vago de dormir!
Isso, contudo, é só para quem sabe que todos os caminhos levam sempre à mesma idéia insone - "mais [funda] que a morte" - com desejo lacrimado nos olhos e café instituído na boca.
(...)
Meus rituais matutinos começam com essas divagações absurdas, desconjuntadas, porém extremamente sofisticadas.

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