segunda-feira, 15 de março de 2010

Calma

Você me dói no coração.
Você me machuca na face distorcida,
Mas você me dói no coração.

Não em outro lugar,
porque não permito.
Não na mente,
porque esta já não sente.

Calma.
Você é permanente,
dói no coração

Respiro e dás-me calma.
Amor que dói no coração.

Sei das coisas como quem está para morrer.
Fecho os olhos como quem tem a certeza de um fato.
Debalde!
Não morro, nem te encontro em sonho ou outra dimensão.

É a calma.
Recito um mantra ou dois.
E deito na calma que vem depois.

Contudo, a ausência, irmã da calma,
me traga como a fumaça do Dono da Tabacaria.
E do mesmo jeito que fez com você,
sou arrastada para lugares gélidos e plácidos,
lugares de calma.

Então, calma.
O barulho dos meus pensamentos
não interrompe a vibração da calma,
da alma.

Ausência, angústia e calma.
Não se escapa de nenhuma.

Medito na paz ou na dor
da minha caligrafia.

12/07/09.

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