terça-feira, 4 de maio de 2010

Testamento

Eu não quero apodrecer nesta cidade
Na qual já sou estrangeira.
Minhas raízes não vingarão aqui,
Porque meus amores são de longe.

A casa não pode ser minha,
Aqui não ficarei.
Ninguém, ora!, nunca pensou
nos sonhos que eu sonhei?

Eu sonho com campos floridos,
eu quero casas nas árvores
E alamedas diversas!
Seja como for, isso eu não vejo esta terra,
Daqui eu não me orgulho mais.

Querem me aprisionar, justo eu, que sou uma águia.
Querem me reduzir
E justo a mim, que vivo da beleza.

Nesta terra esquecida eu não fico,
Nesta terra de ninguém eu não hei de ficar!

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