sexta-feira, 14 de maio de 2010

Soneto à Bebida, ao Amor e à Trova

Pegarei na tua mão com escusos
Propósitos por detrás dos meus dentes.
Sacodirei teus ombros que são como fusos
Tais quais tensos por debaixo dos sóis mordentes.

Levar-te-ei ao meu império de confidências
E então despirei teu orgulho à meia-noite.
Mas se teus passos não vêm nas minhas cadências
Vejo então que o amor não durará o pernoite.

Meus dias se alienam no bom vinho tinto,
Prova que o que digo é real como sinto
E o que sobra é a chance da vida nova.

Não largue do seu amor até vir o rum
E é em matéria de bebida, amor e trova
Que quem tem mais de um não dá valor a nenhum.

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