Era uma vez um dia numa cidade chata. Chata porque era russa. (E era fria. E tudo que é comunista é duplamente mais chato. Há filas pra tudo.)
Naquele dia, conheci uma nova modalidade de tristeza. Intermitente, intervalada, intercalada com sussurros sublimes de nada. Percebi que era ela a nossa última chance pro nosso surrealismo obsceno. Essa tristeza tinha sofrimentos análogos, condescendências amenas. Fornecia daquelas esperanças a que chamo "ermas": vinha uma por vez e se apossava dos terrenos inférteis do meu coração.
Não se surpreenda, mas arranje melhores companias: minha persona é fruto de longas horas de autocomiseração improdutiva e contraproducente, excessiva, inconcluída e inconclusiva.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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chata porque era russa, era coreana do norte, era chinesa.
ResponderExcluirblergh, que chato!
imagina so, todos iguais, tudo igual..
o ser humano foi feito para querer ser o melhor, e so da pra ganhar.. se alguem perder..
se todo mundo ganha, ninguem ganha, todo mundo empata!
beh-teoriaposcopa
'E tudo que é comunista é duplamente mais chato.'
ResponderExcluirAdorei. xD
È negativo e engraçado, gostei. =)
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