quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nove de Fevereiro de 2011

Desaprendi a escrever para outra pessoa que não você. Isso ocorreu certamente porque chegou o momento em que eu fiquei profundamente mergulhada num sentimento atroz da mais pura adoração. Só era bom o que era parte de ti e o era duas vezes mais. Primeiro porque você era inigualável. Segundo, porque o que te integrava possuía o ser meu também - de repente, TODO o seu ser me pertencia, não propriamente a mim,mais a minha veneração, ao meu altar pessoal.
Foi então que desaprendi a escrever at all. Ocorreu que se tornou tão natural a mim que me integrava. Era necessário olhar ao espelho para ver-te e como me sufocava pensar em te perder! Deixei de escrever porque, nesse estágio avançado de minha doença crônica. não era mais necessário que eu me comunicasse. Ou assim julguei. Julguei que esse amor já não encontrava significação na linguagem mortal. Julguei e sonhei com uma eternidade feliz que certamente não me pertence.
Quando arrancou seu pedaço do meu pedaço foi como perder minha versão tátil do paraíso.
Então, desaprendi a amar...

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